Os primeiros dias do atual Governo

Com uma exceção - a recusa da presidente Dilma Rousseff a se engajar, pelo menos no início do seu mandato, na promoção inevitavelmente onerosa de reformas estruturais, como a da Previdência e do sistema político -, a linha geral do novo governo parece apontar para a direção certa.  E em alguns casos, uma virada de página em relação ao passado recente.

Um chefe de governo claramente empenhado em manter sob o seu controle as agências reguladoras dos setores estratégicos da atividade, por exemplo, é sucedido por uma defensora assumida da autonomia dessas entidades, para não serem capturadas nem pelos interesses econômicos nem pela fisiologia ou o preconceito ideológico. No lugar de um presidente sempre pronto a ceder às pressões dos aliados para nomear afilhados de caciques políticos para o cobiçado segundo escalão da administração direta e indireta, emerge uma governante que afirma dar prioridade ao currículo técnico dos eventuais candidatos e não apenas ao poderio de seus patrocinadores.

"Eficiência e ética são faces da mesma moeda", ensinou Dilma aos 37 membros de sua equipe. É bem verdade que ela tem no seu passivo ter dado corda a quem viria a substituí-la no comando da Casa Civil, com as consequências de todos conhecidas, a sua auxiliar mais próxima, Erenice Guerra. Foi igualmente constrangedor vê-las confraternizando na festa da posse no Planalto. Mas conceda-se à nova presidente o benefício da dúvida, tomando pelo valor de face as suas promessas - e advertências - de rigor ético. É animadora a associação que ela fez entre a retidão de conduta dos agentes públicos e a qualidade do seu desempenho, embora não haja necessariamente uma relação de causa e efeito entre as duas coisas (afinal, pode-se ser honesto e incompetente). Valeu como sinalização.

Ainda pagando a conta do Governo anterior onde a prioridade era gastar a qualquer custo a presidente terá o seu primeiro teste na definição dos programas e projetos prioritários de cada Pasta - a sua "lição de casa" inaugural - sob o guante dos cortes da ordem de R$ 40 bilhões nos gastos do Executivo.

Outro teste que o  atual governo enfrentará é  a ambição dos ruralista em transformar o Brasil em deserto . O Dep. Fed . Aldo Rabelo , homem sempre empenhado  em busca da boa  causa ,  ao que parece se debandou para o lado dos ambiciosos destruidores da natureza . A toque  de caixa os ruralista conseguiram impor urgência no projeto , assim como esta ,  sem   uma analise técnica , a  única analise que se fez é a  politica financeira dos gananciosos,  e novamente quem paga é  a natureza . Anistiar quem  feriu deliberadamente as  leis vigentes e mostrar que não temos  lei .É como  dizer  desmatem, matem as nossas florestas e  biomas e nada lhes será computado . É  vergonhoso para  uma nação que se diz  o bastião da preservação mundial  tal atitude , vamos denunciar todos os deputados que votarem a favor deste novo código  que só destrói e não  constrói  nada para o nosso futuro. Vamos mostrar a cara  destes  políticos de  entenrecesses próprios . Sinceramente espero  que a nossa presidente de seu voto de veto a  este escalabro  que  é o novo código de  interesses  pessoais honrando assim  sua promessa de campanha .

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